Saiba como surgiu o Illustrator

05/10/2009 00:00

 

Adobe Illustrator

Adobe Illustrator é um editor de imagens vetoriais desenvolvido e comercializado pela Adobe Systems. Foi criado inicialmente para o Apple Macintosh em 1985 como complemento comercial de software de fontes da Adobe e da tecnologia PostScript desenvolvida pela empresa.

História

Sob alguns aspectos, o lançamento da primeira versão foi arriscada: o Macintosh não detinha uma fração significativa de mercado, a única impressora que suportava documentos do Illustrator era a Apple LaserWriter, e o paradigma de desenho das curvas de Bézier era novidade para o utilizador médio. Não só o Macintosh mostrava apenas gráficos monocromáticos, assim como as opções de visualização estavam limitadas a monitores de 9 polegadas, típicos dos modelos Macintosh 128k, 512k e XL.

Devido ao Illustrator ser um programa estável, assim como à sua curva de aprendizagem, os utilizadores perceberam que o programa não só era melhor, como finalmente resolveu o problema de imprecisão de outros programas existentes para o utilizador médio, como o Apple MacDraw. Forneceu também uma ferramenta aos utilizadores que não podiam adquirir programas caros ou aprenderem a trabalhar em programas exigentes como o AutoCAD. O Illustrator preencheu um nicho de mercado não explorado, entre os programas de desenho e programas CAD.

O poder do Illustrator deriva das curvas de Bézier como elemento principal dos documentos. De forma simplificada, as linhas e curvas de um desenho podem ser descritas matematicamente, os círculos e arcos são formas trigonométricas, sendo emulado de forma suficientemente precisa. A Adobe também fez com que o Illustrator funcionasse com documentos Postscript, se alguém quisesse imprimir, podia enviar diretamente para a impressora Postscript, sem ter que abrir os ficheiros no Illustrator. Uma vez que o Postscript é um formato de texto legível, outras empresas de software descobriram que era fácil criar programas que abrissem e gravassem ficheiros do Illustrator.

Quanto às versões, o Illustrator 1.0 foi rapidamente substituído pela versão 1.1, que fui muito difundida. Uma aspecto curioso da versão 1.1 foi a inclusão no pacote do programa, de um vídeo do fundador da Adobe John Warnock, que demonstrava as características do Illustrator. A seguir foi lançada a versão 88, devido a coincidir com o ano de 1988. Seguiu-se então a versão 3.0, melhorando a capacidade de trabalhar com layout de texto, como por exemplo, texto acompanhando uma curva. A Aldus tinha assim o seu programa disponível para Macintosh, concorrente com o Freehand da Macromedia. E apesar do Freehand ter uma curva de aprendizagem maior, uma interface gráfica menos aperfeiçoada, podia, no entanto fazer verdadeiros preenchimentos de mistura de cores (blend), o que o tornou um dos programas mais usados entre os outros da altura: Illustrator, PageMaker  e QuarkXPress. Passaram-se muitos anos até o Illustrator suportar verdadeiros preenchimentos de mistura de cores, e foi talvez uma das lacunas do programa que os utilizadores mais se queixavam.

A Adobe estava a arriscar quanto à interface no Illustrator. Em vez de seguir à risca as normas de interface da Apple ou imitar outros programas do Macintosh, permitiu ao utilizador mudar entre as várias ferramentas de navegação (como o zoom e pan) através de combinações de teclas. Provavelmente devido à experiência da Adobe em outros programas, sabiam o que estavam a fazer, e a maioria dos utilizadores achava o programa simples de usar. Infelizmente, a Apple escolheu mais tarde uma das teclas de combinação (comando-espaço) para mudar o layout do teclado, e a Microsoft escolheu no Windows outra tecla, a Alt como tecla de sistema, obrigando a Adobe a mudar as combinações de teclas.

Com a introdução do Illustrator 6 em 1996, a Adobe fez alterações cruciais na interface, quanto à edição de paths, e também convergir com a mesma interface gráfica do Adobe Photoshop. Por essas razões muitos utilizadores não fizeram a atualização para esta versão. Até hoje muitos deles questionam as versões que foram lançadas depois da versão 6. O Illustrator agora também suporta fontes TrueType, acabando então com as guerras entre formatos de fontes PostScript Type 1 (da Adobe) e o TrueType (da Apple e da Microsoft). Tal como o Photoshop, também da Adobe, o Illustrator suporta plugins, permitindo assim aumentar as capacidades do programa.

Apesar de desenvolver na primeira década exclusivamente para a plataforma Macintosh, lançaram esporadicamente versões para outras plataformas. No início dos anos 90, a Adobe lançou versões do Illustrator para o NeXT, o IRIX da Silicon Graphics, e Solaris da Sun. Mas essas versões foram descontinuadas devido a pouca aceitação do mercado nessas plataformas. A primeira versão para o Windows, a 2.0, foi lançada em 1989, mas foi um fracasso. A versão seguinte para Windows, a 4.0, foi muito criticada por ser muito parecida com a versão 1.1 e não com a 3.0 do Macintosh, e muito menos com o programa mais popular no Windows, o Corel Draw.

A verdadeira aposta da versão para Windows só aconteceu na versão 7.0 em 1997, os designers podiam finalmente considerar o Illustrator como alternativa. Devido à aposta da Corel em competir com o WordPerfect da Microsoft, relegaram o CorelDraw para o mercado doméstico, algo que os amadores podiam usar. A Corel lançou o CorelDraw 6.0 para Macintosh, em 1996, mas foi recebido como programa menor e tardio. A Aldus também lançou o Freehand para Windows, mas não era o mesmo que o Illustrator.  A Adobe comprou a Aldus em 1994, adquirindo assim o PageMaker, e como parte da transação, vendeu o Freehand à Macromedia.

Com o crescimento da internet, o Illustrator melhorou o suporte a publicação de documentos para a internet, a pré-visualização de imagens raster, o PDF, e o formato SVG, todas elas bem recebidas pelos utilizadores.

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